A importância da doação de órgãos
Hoje, 27 de setembro, é comemorado o Dia Mundial da Doação de Órgãos. Uma data importante para sensibilizar a sociedade sobre a doação de órgãos e tecidos. A doação de órgãos é um gesto nobre que pode salvar vidas e proporcionar uma segunda chance para muitas pessoas. Nesta matéria do Blog Viva +, abordaremos a importância desse ato altruístico e o impacto que ele tem na vida de milhares de brasileiros.
A doação de órgãos é um ato de solidariedade e generosidade que pode transformar a vida daqueles que aguardam ansiosamente por um transplante. Os órgãos doados proporcionam uma nova chance de vida a pacientes que sofrem de doenças graves e irreversíveis. Este gesto pode restaurar a saúde, a esperança e a qualidade de vida de muitas pessoas.
Realidade brasileira
O Brasil tem o maior programa público de transplante de órgãos de tecidos e de células do mundo. Segundo o Ministério da Saúde, no primeiro semestre de 2023 foram realizados 206 transplantes de coração no país, aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. Os pacientes, por meio do SUS, recebem assistência integral, equânime, universal e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.
A lista para transplantes é única e vale tanto para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto para os da rede privada. A lista de espera por um órgão funciona baseada em critérios técnicos, em que a tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão determinam a ordem de pacientes a serem transplantados. Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como critério de desempate. Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica.
Entenda como funciona o processo
O paciente que necessita do transplante, chamado de receptor é encaminhado a realização de exames para determinar as necessidades de tratamento e transplante. Os seus dados como Potencial Receptor de órgãos ou tecidos são organizados em um programa informatizado, sob responsabilidade do Sistema Nacional de Transplantes. O sistema informatizado registra e disponibiliza os doadores de órgãos e os resultados dos exames do receptor. Os resultados processados ficam à disposição deste sistema para a classificação de receptores em lista única.
O sistema informatizado faz o cruzamento entre os dados de doador e receptor e apresenta as opções mais compatíveis – será gerada uma lista única de receptores para cada doador disponibilizado. Os receptores elencados em cada lista serão submetidos à avaliação de suas equipes, para identificar condições de receber o órgão e qual o mais apto/compatível com o doador disponível.
A equipe transplantadora que acompanha a situação clínica do receptor aceita o órgão.
O órgão é enviado pela Central de Transplantes ao hospital onde está o receptor para que seja implantado. O receptor pode desistir de receber o órgão doado, que então passará ao próximo receptor compatível da lista única.
A demanda por transplantes de órgãos é muito maior do que a oferta. Milhares de brasileiros estão na fila de espera por um órgão que pode significar a diferença entre a vida e a morte. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 60 mil brasileiros aguardam na fila do transplante de órgãos. A maioria (37 mil) está à espera de um rim. Por isso, a sua atitude pode fazer a diferença.
Como doar os órgãos?
A doação só é feita se houver morte encefálica, um processo absolutamente irreversível.
Se você deseja ser doador de órgãos após a morte, avise sua família sobre sua vontade. Esse gesto pode ajudar a fazer com que muitas histórias continuem a ser contadas.
A nova Carteira de Identidade inclui a possibilidade de identificar, no verso, se a pessoa deseja doar órgãos após a morte. Entretanto, mesmo com o novo documento, ainda será necessário que a pessoa informe a família sobre a intenção de doar os órgãos após a morte. Isso porque a retirada e doação de órgãos e tecidos só pode ser feita com a autorização familiar, conforme a legislação brasileira.
A doação de órgãos é um ato nobre que pode proporcionar uma nova chance de vida para muitas pessoas. Com mais doações, podemos salvar mais vidas e oferecer esperança a quem mais precisa. Façamos nossa parte para tornar o mundo um lugar melhor, onde a generosidade e o amor ao próximo prevaleçam.