A importância do uso consciente de antibióticos
Os antibióticos e outros antimicrobianos representam uma das maiores conquistas da medicina moderna, possibilitando o tratamento eficaz de uma ampla gama de infecções, na medida em que essas substâncias matam ou interrompem a proliferação de microrganismos (incluindo fungos, bactérias e vírus). No entanto, seu uso inadequado ou excessivo pode ser prejudicial, contribuindo para o surgimento e disseminação da resistência antimicrobiana. Neste artigo do Blog Viva+, exploraremos a importância do uso consciente de antibióticos e suas implicações para a saúde pública e individual.
O uso adequado dessas substâncias tem impacto não apenas na redução de erros de medicação, como também no controle da resistência de microrganismos, um problema mundial de segurança do paciente. A resistência antimicrobiana é um desafio que ameaça a eficácia dos tratamentos médicos e coloca em risco a saúde de milhões de pessoas em todo o mundo.
Essa resistência acontece quando microrganismos são expostos, repetidas vezes, ao uso de um ou mais antimicrobianos (como antibióticos, antivirais, entre outros) e, com o tempo, deixam de ser eficazes contra os agentes etiológicos que causam as infecções. Como consequência os medicamentos passam a ser limitados ou ineficazes no combate à doença.
“Infecções por microrganismos resistentes estão associadas ao aumento da morbidade e mortalidade dos pacientes e ao aumento dos custos na assistência à saúde. A resistência antimicrobiana é um fenômeno relacionado à seleção e multiplicação de microrganismos não sensíveis aos antimicrobianos, capazes de se multiplicar na presença de concentrações mais elevadas comparadas às doses terapêuticas habituais. Isso pode gerar, inclusive, uma resistência tão ampla, a ponto de não haver nenhum medicamento capaz de tratar a infecção causada pelo ‘super-microrganismo’”, explica Karina Lima, farmacêutica da Cemig Saúde.
Uso consciente
O uso consciente de antibióticos é essencial para preservar a eficácia desses medicamentos e mitigar os riscos associados à resistência antimicrobiana. Médicos, farmacêuticos, enfermeiros e pacientes desempenham papéis fundamentais nesse processo. Os médicos devem prescrever antibióticos apenas quando necessário e seguir as diretrizes clínicas atualizadas para garantir o tratamento mais apropriado. Os farmacêuticos e enfermeiros têm a responsabilidade de orientar os pacientes sobre o uso correto dos antibióticos, incluindo a dosagem adequada, o tempo de tratamento e os possíveis efeitos colaterais. Já os pacientes devem seguir as instruções médicas rigorosamente, não compartilhar antibióticos com outras pessoas e evitar a automedicação.
“Todos são envolvidos no processo de utilização de antimicrobianos e sofrem os impactos do desenvolvimento da resistência bacteriana: o médico, pois se vê diante de uma terapia ineficaz e dificuldade para tratar seu paciente; o paciente, que poderá ter qualidade de vida comprometida, maior custo com medicamentos e eventual risco de morte aumentado; o sistema de saúde, que gasta excessivamente, desequilibrando a aplicação de recursos; a sociedade, que passa a dispor de menos recursos terapêuticos para as infecções que se tornam cada vez mais graves”, reitera Karina.
Os perigos da automedicação
Muitas vezes, as pessoas recorrem à automedicação na tentativa de tratar sintomas leves ou desconfortos, porém essa é uma prática arriscada . Quando os antibióticos são utilizados sem supervisão médica ou sem seguir corretamente as instruções de dosagem, há um aumento do risco de desenvolvimento de resistência bacteriana, tornando esses medicamentos menos eficazes no tratamento de infecções.
A presença de uma “farmacinha” em casa pode ser útil para lidar com pequenos problemas de saúde, desde que seja composta por medicamentos adequados e seguros. A seleção de medicamentos para a “farmacinha” doméstica seja feita com responsabilidade, incluindo apenas produtos de venda livre e recomendados para o tratamento de sintomas leves, como analgésicos e antitérmicos. Os antibióticos nunca devem ser incluídos na “farmacinha” doméstica, pois seu uso e sua compra requer orientação médica e prescrição adequada. A compra irregular de antibióticos sem receitas é uma prática ilegal.
Conexão Saúde
A equipe do Conexão Saúde está comprometida em promover o uso seguro e racional de medicamentos, bem como ofertar cuidado de excelência para os beneficiários. A equipe mantém-se atualizada com as atualizações dos diagnósticos, prescrições de medicamentos e orientações ao paciente. Além disso, nas clínicas do Conexão Saúde um time composto por médico da família, enfermeiro, técnico de enfermagem, nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta e farmacêutico trabalharão juntos para garantir um plano de cuidado personalizado ao beneficiário.
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Atuação Cemig Saúde
Como parte do compromisso da Cemig Saúde com a saúde pública e coletiva, a Operadora implementou iniciativas para promover o uso consciente de antibióticos.
“Cartilhas já foram distribuídas e grupos operativos entre equipe multiprofissional e beneficiários são realizadas, nos quais sempre são reforçadas orientações de uso racional de medicamentos”, finaliza Karina.