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Conexão Saúde

Abril Azul e a conscientização do autismo

Publicado por Blog Viva Mais em 02/04/2024 | Atualizado em 30/08/2024
8 minutos para ler

Hoje, 2 de abril, é Dia Mundial de Conscientização do Autismo, uma data importante para disseminar informações e promover a compreensão sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O movimento se estende por todo o mês com a campanha Abril Azul. 

Muitas vezes, o estigma com o autismo cria uma visão equivocada sobre as pessoas pertencentes ao espectro, atrapalhando a compreensão e aceitação da sociedade.  

“O constrangimento ou negação dos sinais pelos pais: a falta de conhecimento familiar e dos profissionais de saúde sobre o TEA, o mito de que o diagnóstico apenas pode ser feito após os três anos de idade ou que o transtorno afeta apenas meninos são erros que atrasam o diagnóstico do e impedem a estimulação precoce”, explica a médica de Família e Comunidade do Conexão Saúde Barro Preto, Ana Paula Souza Falcão, 

Por isso, a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e do acesso ao tratamento adequado ganha destaque. Com apoio e compreensão, a Cemig Saúde e toda a sociedade podem ajudar a melhorar a qualidade de vida de quem vive com autismo, proporcionando-lhes as ferramentas necessárias para que alcancem seu pleno potencial. 

O que é o autismo? 

O TEA é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por  manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades. Conhecido por afetar a comunicação social e os padrões de comportamento, o autismo é uma condição complexa que pode se manifestar de diversas formas, variando de leve a grave.  

O autismo não é uma condição única, mas sim um espectro, o que significa que os sintomas e o nível de suporte necessário podem diferir amplamente entre os indivíduos. Para entender melhor essa diversidade, é importante conhecer os três níveis de autismo: 

  • Nível 1 (autismo leve) 

Nesse nível, os sintomas são menos graves, e a pessoa pode enfrentar dificuldades em situações sociais e apresentar comportamentos restritivos e repetitivos. Apesar disso, geralmente requerem apenas um suporte mínimo para as atividades diárias. 

  • Nível 2 (autismo moderado) 

As pessoas necessitam de mais suporte do que aquelas com autismo leve. Elas enfrentam maior dificuldade com habilidades sociais e em situações sociais, em comparação com os que estão no nível 1. 

  • Nível 3 (autismo severo) 

As pessoas apresentam dificuldades significativas com comportamentos repetitivos e, frequentemente, têm uma deficiência mais severa nas habilidades de comunicação, tanto verbal quanto não verbal. 

“É importante notar que o autismo é uma condição complexa e cada pessoa com autismo é única. Portanto, esses níveis são apenas uma maneira de categorizar a gravidade dos sintomas e o nível de suporte necessário, e não definem a pessoa como um todo”, explica Ana Paula. 

Sinais que merecem atenção 

Segundo Ana Paula, o autismo não é uma condição a ser “curada”, mas sim compreendida.  

“Se não dermos um tratamento adequado para esse indivíduo, ele pode não se desenvolver e piorar sua condição. Crianças com transtorno do espectro autista que são diagnosticadas precocemente apresentam melhora no comportamento adaptativo, melhora na cognição e no desenvolvimento de habilidades. Os estudos revelam também que crianças diagnosticadas mais cedo evoluíram com uma maior redução da severidade dos sintomas relacionados às habilidades sociais dentro de um a dois anos.” 

O TEA afeta o comportamento do indivíduo, e os primeiros sinais podem ser notados em bebês de poucos meses. De acordo com a médica, alguns comportamentos podem chamar a atenção para a necessidade de avaliação.São eles: 

  • Atraso de fala e falta de comunicação alternativa 

A ausência de fala clara e a falta de comunicação alternativa, como apontar ou emitir sons significativos, podem indicar um possível sinal de alerta. Aos 18 meses, espera-se que uma criança comece a falar de forma clara e tenha um vocabulário de cerca de 30 palavras. Aos 2 anos, espera-se um vocabulário expandido de 100 a 200 palavras e a capacidade de formar frases curtas. 

  • Menor reciprocidade social 

Poucos sorrisos, a falta de gestos sociais como jogar beijo, acenar ou bater palmas, podem indicar dificuldades na interação social, um dos principais sintomas do autismo. 

  • Baixo contato visual e expressão facial limitada 

Uma criança com autismo pode apresentar dificuldade em manter contato visual e expressar emoções por meio de expressões faciais. 

  • Não responder quando chamado 

Ignorar ou não responder quando chamado pelo nome pode indicar dificuldades de comunicação e interação social. 

  • Movimentos estereotipados ou atípicos 

Comportamentos repetitivos, como balançar as mãos, girar objetos ou bater a cabeça, podem ser indicativos de autismo. 

  • Dificuldades de controle motor 

Dificuldades significativas no controle motor podem ser observadas em crianças com autismo, afetando suas habilidades de movimento e coordenação. 

  • Comportamentos sensoriais atípicos 

Sensibilidade extrema ou falta de sensibilidade a estímulos sensoriais, como luzes, sons, texturas ou movimentos, podem ser observados em pessoas com autismo. 

  • Maior interesse em objetos do que em pessoas 

Crianças com autismo podem demonstrar um interesse incomum por objetos inanimados, em detrimento de interações sociais. 

  • Seletividade alimentar 

Preferências alimentares restritas ou seletividade alimentar podem ser comuns, devido a sensibilidades sensoriais ou questões de controle. 

Diagnóstico  

Não existe exame que indique o TEA, somente a avaliação clínica que confirmará o transtorno. 

Os médicos de Família das Clínicas do Conexão Saúde, durante as consultas de rotina, estão aptos para identificar os sinais de alerta e fazer o encaminhamento necessário para tratamentos com especialistas e intervenções precoces com a equipe multidisciplinar para ajudar os indivíduos e suas famílias.  

No caso das crianças, o diagnóstico pode ser feito por um profissional médico especialista em TEA, preferencialmente por um neuropediatra ou psiquiatra infantil.  

Autismo em adultos 

Nos adultos que não foram diagnosticados na infância e viveram “normalmente”, os sintomas mais prováveis tendem a ser os de menor gravidade, mais aparentes na comunicação social e na interação do que no desenvolvimento cognitivo. Para adultos, neurologista e psiquiatra auxiliam no processo. No Centro de Promoção à Saúde, os beneficiários contam com o atendimento das duas especialidades. 

Tratamento 

 
As abordagens de tratamento para o autismo são variadas e adaptadas às necessidades individuais de cada pessoa. Essas abordagens visam melhorar a qualidade de vida, promover habilidades sociais e estimular o desenvolvimento. 

“Um dos métodos mais eficazes e com evidência científica é o ABA ( Applied Behavior Analysis)- Análise Aplicada do Comportamento. Porém, o melhor tratamento é aquele que é individualizado e multidisciplinar (envolvendo médicos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, fisioterapeutas, além dos pedagogos e professores no ambiente escolar”, ressalta Ana Paula. 

Nas clínicas do Conexão Saúde,  um time composto por médico da família, enfermeiro, técnico de enfermagem, nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta e farmacêutico trabalharão juntos para garantir um plano de cuidado personalizado ao beneficiário. 

Ainda não tem uma equipe de referência? Acesse https://conexaosaude.cemigsaude.org.br/ e encontre a clínica mais próxima de sua casa! 

Benefícios da musicoterapia 

A musicoterapia é uma intervenção baseada em evidências científicas que promove aos indivíduos com autismo: a diminuição do estresse, a melhora dos comportamentos sociais, o aumento do foco e da atenção, além de contribuir com a melhora da comunicação, da consciência corporal e da coordenação. 

Mensagem Abril Azul 

O autismo é um transtorno que afeta não apenas a vida do indivíduo, mas a vida de toda família. Diante do diagnóstico de autismo é comum acontecer um período de susto e medo. Afinal, o que fazer? O que vai acontecer? Meu filho será normal? “Enquanto médica, sei que será um caminho difícil, mas é preciso ter calma, olhar para frente e dar o primeiro passo. Mais importante que um código que define um transtorno é compreender a criança como um todo, conhecer suas habilidades, dificuldades e interesses. Cada criança é única e cada tratamento vai ser único. Por isso que um diagnóstico não define quem é o seu filho, nem o que ele pode ou não fazer. Procure rede de apoio, informação de qualidade, profissionais realmente qualificados para ajudar nesse processo. Ame seu filho (a), aceite sua condição. O cuidado, o carinho e as demonstrações de afeto ajudam a criança a se desenvolver de forma saudável. Quanto mais segura e amada se sente a criança, mais ela desenvolve os mecanismos que levam à autonomia, independência e segurança emocional”, conclui Ana Paula.

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