Chocolate na Páscoa: vilão ou “mocinho” da saúde?

A Páscoa traz consigo uma verdadeira avalanche de chocolate: ovos, bombons, barras e caixas invadem as prateleiras — e os olhos dos consumidores, claro! Com tanta tentação, não é surpresa que o consumo dispare entre todas as faixas da população. E aí vem a pergunta: será que o chocolate faz bem ou mal para a saúde?
Alto consumo
Na Páscoa de 2023, por exemplo, a venda de chocolates mais que dobrou: foram 50,7 toneladas em abril, contra 24,5 toneladas no mês anterior. E o ritmo segue forte! Em 2024, o consumo nesse mesmo período cresceu mais 15%, segundo levantamento da Kantar. Especialistas apontam que o brasileiro consome uma média de 300 gramas de chocolate na semana da Páscoa, cinco vezes mais do que os 60 gramas consumidos por semana no resto do ano.
Curiosidade: apesar de todo o apelo visual e simbólico, os ovos de Páscoa representam apenas 3,5% do volume de chocolates consumido no período e 10% do faturamento do setor. Ou seja, estão longe de dominar o mercado, mesmo nesta época do ano!
A maioria das pessoas acaba optando por bombons, barras e outras versões mais acessíveis — especialmente quando o bolso aperta. Isso revela a grande variedade de escolhas e a irresistível tentação que caracterizam o feriado de Páscoa.
Faz mal?
Diante de tanta oferta, é natural se perguntar: afinal, chocolate faz bem ou mal à saúde?
A verdade é que ele pode ser os dois. Tudo depende da quantidade, da frequência e do tipo de chocolate escolhido.
Chocolate não é só coisa de criança
Está enganado quem pensa que o amor pelo chocolate é exclusividade dos pequenos. Estudos mostram que a venda de chocolates para adultos supera a para crianças. Isso acontece porque o chocolate é considerado um alimento “indulgente” — ou seja, não é essencial, mas está presente no dia a dia como uma recompensa ou um mimo, especialmente em momentos de estresse, quando se quer relaxar.
Mas, como em tudo na vida, equilíbrio é a palavra-chave. O consumo excessivo pode trazer efeitos negativos, especialmente para pessoas com restrições de saúde, como diabetes ou problemas cardiovasculares. Por outro lado, quando consumido com moderação (e de preferência com maior teor de cacau), o chocolate pode até oferecer benefícios para o corpo e a mente
Para ajudar você a aproveitar o pós-Páscoa com equilíbrio e consciência, separamos cinco prós e cinco contras do chocolate para o seu bem-estar. Confira!
Benefícios de comer chocolate (com moderação!):
- Faz bem ao coração! O chocolate amargo, com alto teor de cacau, é rico em flavonoides, que ajudam a melhorar a circulação e a reduzir a pressão arterial.
- Melhora o humor: chocolate estimula a produção de serotonina e endorfinas — aquelas substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar. Um pedacinho pode fazer seu dia mais feliz!
- Previne o envelhecimento precoce: os antioxidantes presentes no cacau combatem os radicais livres, protegendo as células do corpo e prevenindo o envelhecimento precoce.
- Ajuda o cérebro: o chocolate amargo (com mais cacau) ajuda na circulação do sangue, inclusive no cérebro. Isso pode favorecer a memória, o foco e outras funções cognitivas. Pesquisas mostram que o consumo moderado está ligado a uma melhor performance mental.
- Fonte rápida de energia: por ser calórico, o chocolate dá aquela energia rápida para quando você precisa de um empurrãozinho extra.
Atenção
É bom lembrar que os benefícios do chocolate só aparecem quando ele é consumido com moderação e como parte de uma alimentação equilibrada. Se possível, escolha as versões com maior teor de cacau, que têm menos açúcar e mais compostos benéficos. A recomendação é consumir até 25g por dia (o equivalente a 3 ou 4 quadradinhos), o que dá cerca de 130 calorias.
Assim, você aproveita o sabor e os benefícios do chocolate — e ainda curte a Páscoa sem peso na consciência! Lembre-se: tudo tem um preço.
Pontos de atenção com o consumo de chocolate!
- Calorias em excesso: o chocolate, especialmente ao leite e branco, tem muito açúcar e gordura. O consumo em abundância pode contribuir para o ganho de peso.
- Açúcar demais: além das calorias, o açúcar em excesso pode aumentar o risco de diabetes tipo 2 e prejudicar a saúde bucal.
- Problemas gastrointestinais: algumas pessoas sentem desconforto, refluxo ou azia após consumir chocolate, principalmente em excesso. Isso ocorre devido à presença de substâncias como gorduras, cafeína e teobromina.
- Alergias e intolerâncias: leite, nozes e glúten são ingredientes comuns em chocolates industrializados. Por isso, é preciso atenção redobrada se você tem alguma restrição.
- Pode gerar compulsão: chocolate é gostoso demais — e isso pode, sim, dificultar o controle. Embora não seja viciante no sentido clínico, o chocolate ativa regiões do cérebro ligadas ao prazer e à recompensa. Por isso, pode acabar gerando uma dependência comportamental, especialmente quando usado como válvula de escape emocional.
Como é possível notar, o chocolate possui também riscos e, por isso, o ideal é consumir com consciência e, se houver dificuldade em controlar o consumo, buscar apoio nutricional ou psicológico.
E como saber o que é melhor para você?
Mesmo fora da Páscoa, o chocolate segue sendo um dos queridinhos dos brasileiros, seja por um momento de prazer ou para alívio em tempos difíceis.
Nos últimos quatro anos, a entrada do doce nos lares brasileiros passou de 85,5%, em 2020, para 92,9% em 2024, segundo dados da Kantar WorldPanel. Isso quer dizer que, a cada dez lares, cerca de nove têm alguma variação na despensa, como barras, bombons, wafer e outros.
O importante é lembrar que o segredo está na moderação. Se você deseja repensar seus hábitos alimentares ou equilibrar sua relação com a comida, a Cemig Saúde está aqui para ajudar! Por meio do programa Conexão Saúde, você pode receber orientação nutricional, com acompanhamento personalizado para melhorar seu bem-estar e qualidade de vida.
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