Depressão e ansiedade afetam mais as mulheres no Brasil

No Mês da Mulher, a Cemig Saúde traz reflexões sobre a saúde feminina em todas as fases da vida
Apesar dos avanços sociais, as mulheres continuam sendo as mais afetadas por depressão e ansiedade no Brasil. As razões para isso são diversas e refletem desafios estruturais e cotidianos.
Muitas vezes, elas se veem sobrecarregadas com várias responsabilidades – no trabalho, na família, nos relacionamentos e na vida social. E, em meio à “maratona” diária, o autocuidado acaba ficando em segundo plano.
Mas, atenção: tal sobrecarga pode comprometer seriamente a saúde mental e precisamos falar sobre isso!
Mês da mulher
Em março é celebrado o mês da mulher, onde reconhecemos suas forças e conquistas, além de nos sensibilizarmos sobre os desafios. Não por acaso, ao longo desse período, o blog Viva+ vai explorar a saúde feminina em suas diferentes fases, desde a infância e adolescência, até a vida adulta e a terceira idade.
Cada uma dessas etapas requer atenção especial à saúde, tanto emocional quanto física.
Vamos começar falando sobre a necessidade de cuidar de si mesma, especialmente quando a energia emocional e física está no limite. E, claro, também traremos dicas de como todos – mulheres e homens – podem contribuir para um ambiente mais equilibrado e saudável a ambas as partes.
Sobrecarga emocional
O acúmulo de responsabilidades pode levar ao estresse, à ansiedade e até à depressão. Estudos indicam que até 20% das mulheres enfrentam depressão ao longo da vida, em comparação com 12% dos homens, segundo o Ministério da Saúde. Além disso, a ansiedade é o transtorno mais comum no Brasil, com maior prevalência entre as mulheres (55%), afetando 6 em cada 10.
Por isso, é fundamental que as mulheres parem e reflitam sobre como estão lidando com suas emoções e tarefas. Se antes seu papel era limitado a funções domésticas, hoje elas atuam no mercado de trabalho e, muitas vezes, continuam sobrecarregadas em casa.
Dados do IBGE mostram que as mulheres dedicam, em média, 10,4 horas a mais por semana do que os homens às tarefas domésticas e ao cuidado de pessoas. Esse tempo, na maioria das vezes, é voltado para os outros – e não para elas mesmas. Se “não está fácil para ninguém”, imagine para elas?
A chamada economia do cuidado – que inclui atividades como limpar a casa, preparar refeições e cuidar de filhos, idosos e enfermos – ainda é majoritariamente sustentada pelo trabalho não remunerado das mulheres, refletindo a desigualdade de gênero na sociedade.
Autocuidado não é egoísmo!
Você tem reservado um tempo para si? Quando foi a última vez que se permitiu relaxar sem culpa?
O autocuidado é essencial para a saúde física e mental! Dedicar tempo a atividades prazerosas ou até mesmo para uma boa conversa faz toda a diferença.
Afinal, não faz sentido cuidar dos outros sem priorizar a própria saúde. Estamos aqui para ajudar nessa jornada!
Apoio mútuo
Mas essa reflexão não deve ocupar apenas as mulheres: o que os homens podem fazer para apoiar o equilíbrio emocional delas?
Exercer a empatia nunca é demais. Pequenas atitudes no dia a dia podem fazer a diferença. Como você, homem, pode contribuir para que as mulheres ao seu redor se sintam menos sobrecarregadas?
Ao assumir responsabilidades, não estamos apenas ajudando a manter nosso lar e rotina mais estáveis – estamos também demonstrando cuidado com quem amamos, seja a namorada, a esposa, a mãe ou a filha.
Não adianta celebrar o “Dia das Mulheres” com discursos e posicionamentos sobre apoio e independência feminina nas redes sociais se isso não for colocado em prática. Pense nisso!