Dia Internacional Contra a AIDS: Informar, Prevenir e Cuidar
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Dezembro é simbolizado pela cor vermelha, marcando a campanha global de prevenção ao HIV/AIDS. Essa iniciativa tem como objetivo combater o preconceito, o estigma e a desinformação que ainda cercam a doença, promovendo um diálogo mais inclusivo e informado. A campanha também destaca a importância da prevenção, do uso de preservativos e da testagem regular como formas eficazes de controle.
Diagnósticos precoces permitem tratamentos mais rápidos e melhoram significativamente a qualidade de vida das pessoas que convivem com o vírus, contribuindo para o controle da epidemia e para a redução do impacto social da doença. Mas o primeiro passo é entender.
Diferença entre HIV e AIDS
O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é um retrovírus que ataca o sistema imunológico, especialmente os linfócitos T CD4+, reduzindo a capacidade do organismo de combater infecções. Já a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é a fase mais avançada da infecção pelo HIV, quando o sistema imunológico se encontra gravemente comprometido.
Pessoas que vivem com HIV podem transmitir o vírus por relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas ou durante a gravidez e amamentação. Contudo, quem realiza o tratamento antirretroviral e mantém a carga viral indetectável por pelo menos seis meses não transmite o HIV por via sexual.
O cenário do HIV/AIDS
Na América Latina, o Brasil é referência na luta contra o HIV, mas os desafios permanecem. Desde 2015, observa-se um aumento de casos notificados entre pessoas negras, evidenciando desigualdades sociais e a necessidade de políticas públicas inclusivas.
Em 2022, o Brasil estimava ter um milhão de pessoas vivendo com HIV, sendo 650 mil homens e 350 mil mulheres, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Naquele ano, foram registradas 10.994 mortes por AIDS, sobretudo entre negros e pardos, que representaram 61,7% dos óbitos.
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), cerca de 38 milhões de pessoas viviam com HIV em todo o mundo em 2019. Na América Latina, houve um aumento de 21% nos novos casos desde 2010, com grupos como homens que fazem sexo com homens, mulheres trans e trabalhadores(as) do sexo desproporcionalmente afetados.
Com diagnóstico precoce e acesso ao tratamento antirretroviral, é possível ter qualidade de vida e interromper a transmissão do vírus. Informar-se e prevenir-se são os primeiros passos para vencer a AIDS.
Cemig Saúde
O autoteste de HIV é uma solução prática e acessível para detecção precoce. Disponível no programa Conexão Saúde da Cemig, permite que você realize o teste em casa de forma simples e confidencial, utilizando fluido oral ou sangue.
Se o resultado for “reagente” (positivo), é necessário procurar um serviço de saúde para testes confirmatórios e iniciar o tratamento, de modo a ter qualidade de vida e prevenir a progressão para a AIDS. Se o resultado for “não reagente” (negativo), mas houver suspeita de exposição recente, recomenda-se repetir o teste após o período de janela imunológica, que é de cerca de 30 dias.