Equilibrando a vida adulta: saúde, maternidade e bem-estar da mulher

Os desafios da mulher adulta e a importância do autocuidado para uma vida mais saudável e leve
A vida adulta traz desafios e responsabilidades que vão além da rotina. Entre trabalho, casa e vida pessoal, muitas mulheres enfrentam a conhecida dupla jornada, que pode gerar estresse e impactar o bem-estar.
Além disso, essa fase exige atenção redobrada com a saúde. O corpo passa por mudanças e algumas condições, como o câncer de mama, tornam-se uma preocupação maior. Para muitas, é também o momento da maternidade, que traz novas responsabilidades e demandas físicas.
Neste Mês da Mulher, vamos falar sobre a saúde feminina em todas as fases da vida. A vida adulta não vem com manual de instruções, mas algumas boas práticas podem fazer toda a diferença para manter o equilíbrio e o bem-estar. Vamos juntas?
Principais desafios da saúde física e emocional na vida adulta
Você sabia que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), elas respondem por um terço de todas as mortes femininas no mundo. Além disso, questões ligadas à saúde mental, como ansiedade e depressão, são mais comuns entre mulheres, muitas vezes por conta de fatores hormonais e sociais.
Recentemente, o Brasil bateu o recorde de afastamentos no trabalho por ansiedade e depressão dos últimos 10 anos. Foram quase meio milhão de afastamentos, e, pasme, mais de 80% desses casos envolveram mulheres: 301 mil, contra 170 mil homens. A idade média das mulheres afastadas é de 41 anos.
Especialistas apontam que o grande número de mulheres afastadas tem muito a ver com sobrecarga de trabalho, menor remuneração, responsabilidades com a casa e a família, além da violência. Mulheres ganham menos que homens em 82% das áreas, segundo o IBGE. E, para piorar, o número de feminicídios aumentou 10% nos últimos cinco anos. A crise pós-pandemia também afetou mais as mulheres, que enfrentaram mais desemprego e trabalho não remunerado, segundo um estudo publicado na revista Lancet.
Esses dados mostram um pouco da dura realidade das mulheres no Brasil. A rotina cheia de compromissos e a “dupla jornada” (trabalho fora e tarefas domésticas) elevam os níveis de estresse, afetam o sono e mexem com a saúde física e emocional, o que também impacta o desempenho profissional.
E, com tanta correria, os cuidados consigo mesma, a prática de exercícios e o relaxamento diário acabam ficando em segundo plano. Porém, encontrar equilíbrio, delegar tarefas e dar atenção ao próprio bem-estar são passos fundamentais para manter a saúde em dia e viver com mais qualidade na vida adulta.
Maternidade
A maternidade é um período de grandes transformações para a mulher e envolve mudanças físicas, hormonais e emocionais intensas. Durante a gestação, o corpo se adapta para acolher o bebê e passa por ajustes como o aumento do volume sanguíneo e modificações no sistema musculoesquelético. Esses ajustes exigem cuidados especiais para garantir a saúde da mãe e do bebê. Porém, a maternidade também traz desafios diários, como estresse, privação de sono e sobrecarga de responsabilidades, que podem afetar o bem-estar da mulher e aumentar o risco de depressão pós-parto.
O Ministério da Saúde do Brasil enfatiza a importância de um acompanhamento pré-natal adequado para todas as gestantes, que garanta acesso a informações sobre o parto e os cuidados com a criança. Esse processo visa preparar a mulher para a maternidade, fornecendo orientações sobre hábitos de vida saudáveis, higiene, alimentação balanceada e uso seguro de medicamentos.
Após o parto, a pressão social para “voltar ao corpo de antes” pode criar um conflito interno, dificultando a aceitação das mudanças naturais do corpo. Equilibrar essa pressão com o autocuidado, reservar tempo para descansar e aceitar as transformações físicas é essencial para a saúde emocional. Manter uma alimentação saudável, praticar exercícios leves e buscar apoio emocional são fundamentais para o bem-estar tanto durante a gestação quanto no pós-parto, de modo que a mulher possa conciliar os cuidados consigo mesma e o bebê.
Acompanhamento de saúde
Manter o acompanhamento da saúde é essencial em qualquer fase da vida e isso é ainda mais importante quando falamos do câncer de mama. A mamografia é uma aliada poderosa para detectar qualquer alteração suspeita e, quanto mais cedo a mulher começa o rastreamento, maiores são as chances de preveni-lo.
O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, só perdendo para o câncer de pele não melanoma. Raro até os 35 anos, após essa idade a incidência aumenta, principalmente depois dos 50. Fique de olho nos sinais! O sintoma mais comum é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular.
O Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 50 e 69 anos façam a mamografia a cada dois anos. Mas, se você tem histórico familiar de câncer de mama, vale a pena conversar com o médico para começar os exames mais cedo. E não se esqueça: cuidar de si mesma também envolve hábitos saudáveis. Alimentação balanceada, atividades físicas e uma vida mais ativa podem reduzir em até 28% o risco de câncer de mama, de acordo com o Ministério da Saúde. Lembre-se, o acompanhamento médico ao longo da vida não é só para identificar doenças, mas para garantir que você viva cheia de saúde e bem-estar. Consultas regulares e exames preventivos ajudam a identificar qualquer problema bem no começo e dão um empurrãozinho para você cuidar de si mesma. Cuide do seu corpo com carinho – ele vai te retribuir com qualidade de vida e disposição para curtir o que realmente importa!