Imunização: uma ação de cuidado com o coletivo
Quem não se lembra da figura do Zé Gotinha na infância? O simpático personagem é um ícone das campanhas de vacinação que marcaram gerações de brasileiros, promovendo a imunização contra a poliomielite. Hoje, em meio a uma avalanche de fake news e desinformação, é essencial relembrar a importância da vacinação, especialmente neste mês, quando celebramos o Dia Nacional da Imunização.
A data não é apenas uma celebração, mas um alerta sobre o valor das vacinas na proteção coletiva contra doenças imunopreveníveis. Graças a campanhas de vacinação eficazes, doenças como varíola e poliomielite foram erradicadas no Brasil. Além disso, a incidência de caxumba, gripe, rubéola, sarampo e tétano diminuiu consideravelmente.
Aline Kelly Leite Moura Mendes, enfermeira e responsável técnica do Grupo Imunizar, destaca que as vacinas são o meio mais seguro e eficaz de proteção contra certas doenças infecciosas. “A imunização gera imunidade, contribuindo diretamente para o controle e eliminação de doenças provocadas por vírus ou bactérias”, explica Aline, citando a Sociedade Brasileira de Imunização (Sbim).
Mas como exatamente a imunização contribui para a prevenção de surtos de doenças? A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) esclarece que a imunização torna uma pessoa resistente a uma doença, seja por contato com a doença, seja pela administração de uma vacina. Ao imunizar mais pessoas, reduz-se a circulação de agentes infecciosos, diminuindo, assim, os casos de adoecimento e morte, sobretudo entre os imunossuprimidos – pacientes que possuem o sistema imune fragilizado por conta de determinadas condições e apresentam risco aumentado para doenças infecciosas.
Os benefícios das vacinas vão além da proteção individual. Elas ajudam a proteger o coletivo ao impedir a propagação de doenças. “Quando nosso organismo é atacado por um vírus ou bactéria, nosso sistema imunológico reage para frear esses agentes estranhos. As vacinas ensinam nosso organismo a se defender de forma eficaz”, detalha Aline. Essa defesa eficaz em um grande número de pessoas limita a circulação de vírus e bactérias, protegendo aqueles que não podem ser vacinados por razões médicas.
Ao longo da vida, diferentes vacinas são recomendadas para garantir a saúde da população. Desde a infância, com vacinas contra poliomielite, tétano e sarampo, até a fase adulta, com imunizações contra hepatites e gripe, manter-se atualizado com o calendário de vacinação é crucial. O Programa Nacional de Imunizações do Brasil, um dos mais completos do mundo, oferece 45 diferentes imunobiológicos à população.
Ainda assim, a promoção da imunização enfrenta desafios significativos, como a recusa vacinal e a desinformação. Aline ressalta que o sentimento de desconfiança em relação às vacinas cresceu assustadoramente nos últimos anos. No entanto, avanços na biotecnologia continuam a introduzir novos imunizantes, como vacinas contra câncer e AIDS, e tecnologias que combinam vacinas para reduzir o número de aplicações necessárias.
Para se manter informado sobre o calendário de vacinação e a disponibilidade de vacinas, acesse o site do Ministério da Saúde. Nas clínicas do Conexão Saúde, você também pode obter informações detalhadas sobre quais vacinas tomar.
Ainda não tem uma equipe de referência? Acesse https://conexaosaude.cemigsaude.org.br/ e encontre a clínica mais próxima.
No mês em que se celebra o Dia Nacional da Imunização, a Cemig Saúde reforça a importância das vacinas, o combate à desinformação e a confiança na ciência. Afinal, a imunização é uma poderosa ferramenta de saúde pública que protege não apenas a nós mesmos, mas a toda a sociedade.