Maio Roxo: hora de escutar os sinais do seu intestino

O corpo dá sinais — dê atenção ao intestino. Saiba mais sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs) e como a Cemig Saúde pode apoiar quem enfrenta esse desafio no dia a dia.
Nosso corpo fala o tempo todo! Algumas vezes em voz alta, outras em sussurros quase imperceptíveis. O intestino, por exemplo, costuma ser discreto, mas quando algo vai mal, ele pode “gritar”.
Maio Roxo é o mês de conscientização sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs) — um convite para conhecer melhor as formas de prevenção, os sintomas, o diagnóstico e o tratamento dessas condições. Afinal, cuidar do intestino também é cuidar da qualidade de vida!
Apesar da gravidade, muitas pessoas ainda evitam procurar ajuda por receio do estigma social vinculado às doenças intestinais, especialmente por envolverem a região anal. Mas falar sobre o tema com naturalidade é um passo importante para o diagnóstico precoce e o bem-estar de quem convive com uma doença ligada ao intestino.
Saúde é um direito e o primeiro passo para preservá-la pode ser simplesmente escutar o próprio corpo e não ter medo de pedir ajuda. Vamos nessa?
O que são DIIs?
As Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs) são condições crônicas que provocam inflamações no trato gastrointestinal, interferindo diretamente na digestão, na absorção de nutrientes e no bem-estar do paciente.
Elas se manifestam por sintomas persistentes como dores, cólicas, diarreia, emagrecimento, flatulência exagerada e sangramento intestinal. Não há cura definitiva, mas com o tratamento adequado é possível viver bem — e, mais importante, com dignidade e conforto.
Os diagnósticos mais comuns são:
- Doença de Crohn: pode afetar qualquer parte do sistema digestivo, da boca ao ânus, com inflamações mais profundas e distribuídas em áreas alternadas.
- Retocolite Ulcerativa: atinge principalmente o intestino grosso (cólon) e o reto, com inflamação contínua e superficial da mucosa intestinal.
Aumento dos casos
Fique atento! A ocorrência dessas enfermidades aumentou 15% no Brasil nos últimos nove anos. Aqui, o número de casos é de cerca de 100 diagnósticos para cada 100 mil habitantes, o que corresponde a aproximadamente 0,1% da população, segundo dados do Ministério da Saúde.
A retocolite ulcerativa apareceu com mais frequência do que a doença de Crohn no estudo publicado pela The Lancet Regional Health Americas, com uma proporção aproximada de 1,7 casos para cada caso de Crohn. Houve também predominância de mulheres (58,5%) entre os pacientes diagnosticados.
As causas das DIIs ainda não são totalmente conhecidas, mas fatores como predisposição genética, alterações no sistema imunológico, desequilíbrio da flora intestinal, hábitos alimentares e ambientais podem estar envolvidos. O tabagismo, por exemplo, é um fator de risco conhecido para agravamento da Doença de Crohn.
Tratamento
Infelizmente, muita gente leva tempo para buscar ajuda, seja por vergonha ou por não identificar sinais de alerta. O desafio é que as DIIs não apresentam sintomas específicos e, muitas vezes, podem ser confundidas com outras condições, como intolerâncias alimentares ou infecções intestinais. Por isso, ao menor sinal de desconforto persistente, é essencial procurar avaliação médica.
O diagnóstico precoce faz toda diferença no controle da doença e na qualidade de vida do paciente. Ele costuma ser feito com o apoio de exames clínicos, laboratoriais e de imagem, já que não existe um único teste que confirme o problema.
Nos casos mais graves, as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs) podem causar complicações como perfuração e obstrução intestinal, sangramentos, fístulas, desnutrição e aumento do risco de câncer colorretal. Além dos impactos físicos, a saúde mental também pode ser comprometida, reforçando a necessidade do diagnóstico precoce.
O tratamento varia conforme o quadro: pode incluir mudanças na alimentação, controle do estresse, uso de medicamentos (inclusive os chamados “biológicos”) e, em casos mais graves, cirurgia. Mas uma coisa não muda: o paciente precisa de uma rede de cuidado constante, de preferência com acompanhamento multidisciplinar.
Na Cemig Saúde, você encontra esse acolhimento integral. Contamos com uma equipe especializada em cuidar de quem enfrenta doenças crônicas e complexas. O objetivo é aliviar sintomas, prevenir crises e garantir conforto físico e emocional.
Se você tem DII ou convive com alguém que apresenta sintomas frequentes, não deixe para depois. O corpo pode até sussurrar, mas escutá-lo com atenção é o primeiro passo para viver com mais leveza.
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Prevenção
Maio Roxo é mais do que uma campanha — é um lembrete de que saúde também é sobre aquilo que não se vê. Por isso, adotar medidas preventivas é fundamental para reduzir o risco ou postergar o desenvolvimento das Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs).
Embora ainda não exista uma causa única identificada para condições como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, hábitos saudáveis podem fazer a diferença tanto na prevenção quanto no controle dos sintomas.
Manter uma alimentação equilibrada, com boas fontes de fibras, frutas e vegetais, contribui para a saúde do trato gastrointestinal. Por outro lado, evitar alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras saturadas e açúcares, é recomendado, já que eles podem favorecer inflamações e piorar o quadro clínico.
Outras atitudes importantes incluem parar de fumar, moderar o consumo de álcool, praticar atividades físicas com regularidade e cuidar da saúde mental, especialmente da gestão do estresse.
Por fim, o acompanhamento médico periódico e a adesão ao tratamento prescrito são fundamentais para garantir qualidade de vida às pessoas com DII.