Ômicron: saiba o que já foi descoberto sobre a nova variante

Desde a identificação da variante ômicron do vírus SARS-CoV-2 na África do Sul, muitas são as dúvidas em relação à nova cepa. As incertezas são da população em geral, mas também dos cientistas. E o motivo é que quando o assunto é Covid-19, a velocidade da transmissão da doença ultrapassa o tempo necessário para as pesquisas. Como dizemos de forma informal, estamos trocando as rodas do carro enquanto ele anda.
O que se sabe até agora é que os infectados pela ômicron apresentam menos quadros graves e necessitam de menos de cuidados hospitalares. O que não se sabe com certeza é se os impactos são realmente mais leves ou se isso se deve à imunização em massa. Aqui em Minas Gerais, por exemplo, mais de 85% da população já recebeu as duas doses ou a dose única da vacina contra a Covid-19.
Por outro lado, a facilidade de transmissão da ômicron chama a atenção e a tendência é que ela se torne predominante. Ensaios preliminares ainda não publicados por pesquisadores de Hong Kong indicam que a ômicron tem a capacidade de se replicar 70 vezes mais depressa do que a variante delta em células dos brônquios, órgãos que se originam da traqueia. Por outro lado, nas células pulmonares a reprodução é menos frequente. Segundo a microbiologista Natalia Pasternak, essa pode ser a explicação do aparente caráter mais leve. “O vírus tem vantagem replicativa nas células do trato respiratório superior, e, portanto, é mais transmissível, mas apresenta menor capacidade de infectar o pulmão. Por isso, ele se espalha mais fácil, mas é menos capaz de causar pneumonia e outras complicações”, explica.
Mas ainda não é momento de relaxar. A ômicron apresenta uma série de mutações que facilitam o escape dos anticorpos gerados por vacinas ou por infecções prévias. Esse fator somado a uma maior transmissibilidade aumenta a probabilidade do vírus atingir grupos mais vulneráveis (idosos, imunossuprimidos, portadores de doenças crônicas, grávidas e crianças menores que 5 anos), causando infecções graves e, até mesmo, a morte devido à sobrecarga do sistema de saúde.
Enquanto as pesquisas avançam, precisamos aumentar o número de vacinados com a terceira dose, pois esse reforço aumenta a proteção contra a ômicron. Por isso, se chegou a sua vez, vacine-se! Ah, vale lembrar que se a pandemia ainda não acabou, o uso de máscara e os cuidados com o distanciamento social precisam ser mantidos.
Muito útil e pertinente o comentário a respeito dos sintomas e variações da Omicron e do novo Virus da gripe que tem afetado tanta gente!! Parabéns!
Obrigado Frederico!