Prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais na luta contra o câncer de mama
O câncer de mama é uma das principais causas de morte entre as mulheres no Brasil, com números que não param de crescer. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados mais de 73 mil novos casos por ano, com cerca de 17 mil óbitos anuais. Apesar desse cenário preocupante, o diagnóstico precoce pode mudar significativamente essa realidade, aumentando as chances de cura.
O autoexame das mamas é uma ferramenta importante para o autoconhecimento do corpo, embora não substitua exames clínicos ou a mamografia. “O autoexame das mamas não promove diagnóstico precoce, mas, em um país de vasto território como o Brasil, pode ser útil para alertar as mulheres sobre qualquer alteração nas mamas”, explica a Dra. Romana Giordani Saliba, mastologista do Centro Integrado de Especialidades Conexão Saúde. A mamografia, considerada o exame padrão ouro, deve ser feita anualmente a partir dos 40 anos, ou antes, para aquelas que têm histórico familiar ou outros fatores de risco.
Ficar atenta a sinais como nódulos palpáveis, alterações na pele ou no formato das mamas, secreção nos mamilos e dores é essencial. “Estar ciente do seu corpo auxilia na percepção de pequenas alterações, e, ao notar algo diferente, é importante procurar o especialista”, ressalta a Dra. Romana.
Mulheres com histórico familiar de câncer de mama, especialmente em parentes de primeiro grau, ou com mutação genética detectada, precisam de acompanhamento diferenciado. “Esses casos exigem rastreamento individualizado, com início precoce da mamografia e a inclusão de exames como ultrassonografia e ressonância”, orienta a mastologista.
Nos últimos anos, os tratamentos para o câncer de mama têm avançado significativamente. “As terapias-alvo e novos quimioterápicos têm aumentado a sobrevida das pacientes. Além disso, as cirurgias estão cada vez menos invasivas”, comenta a médica. A reconstrução mamária, quando necessária, é geralmente realizada no mesmo tempo cirúrgico da mastectomia, ajudando a minimizar o impacto emocional da paciente.
Além de manter os exames em dia, adotar um estilo de vida saudável pode fazer toda a diferença. Estudos apontam que uma dieta equilibrada, a prática regular de exercícios e a redução do consumo de álcool podem diminuir em até 28% o risco de desenvolver câncer de mama. “Hábitos saudáveis ajudam a evitar o sedentarismo e a obesidade, fatores que influenciam no desenvolvimento da doença”, afirma a Dra. Romana.
Lembre-se: nesse processo você conta com o Conexão Saúde, que oferece cuidado contínuo aos beneficiários da Cemig Saúde, focando na promoção da saúde preventiva e no monitoramento de casos crônicos. O modelo de cuidado incentiva o autocuidado e disponibiliza, também, a linha de cuidado de saúde da mulher, essencial para mulheres em grupos de risco, ajudando no rastreamento precoce e no controle da saúde ao longo do tratamento, permitindo um acompanhamento mais próximo e um suporte adequado para prevenir complicações.